quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

AND no Complexo do Alemão

   Nos dias 14 e 19 de janeiro, o Comitê de apoio ao AND realizou brigadas de venda do jornal na favela da Grota, uma das comunidades do Complexo do Alemão.
   Nas brigadas, que contaram com a participação de estudantes apoiadores de AND, mais de 70 exemplares do jornal foram vendidos para os trabalhadores do Alemão em um ponto de ônibus próximo à uma entrada da Grota.
   Tamanha a receptividade dos moradores com o jornal, que esse mês traz como manchete denúncias cometidas pelas tropas do Estado reacionário no Alemão, que o Comitê de apoio foi convidado para falar ao vivo sobre AND em um programa da Rádio Fluminense que estava no ar durante a brigada. O convite foi feito pelo radialista Paulinho Cigano, que está na comunidade cobrindo a ocupação e que se posiciona contra as arbitrariedades cometidas pela PM e exército.

Próxima brigada:
Entrada da Central do Brasil pela Av. Pres. Vargas, sexta-feira, 21/1, às 16h

Ato pela punição dos assassinos de Andreu Luiz

     Apoiadores do A Nova Democracia participaram da manifestação pela punição dos assassinos do jovem Andreu Luiz, 17 anos, torturado e morto por 5 agentes estaduais nas dependências do Degase (Departamento Geral de Ações "Socio-Educativas") na madrugada do dia 1° de janeiro de 2008, reveillón.
     No Ato, ocorrido nesta quarta-feira, 19/1, em frente ao Instituto Médico Legal (IML) na Leopoldina, representantes de diversas organizações, entre elas a Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência e o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (Cebraspo), usaram do carro de som para denunciar à população mais um crime ediondo cometido pelo velho Estado. Faixas e cartazes com fotos de Andreu Luiz e outros jovens assassinados pelos aparatos repressivos do Estado foram fixadas nas grades do IML. Mães de outras vítimas da política de extermínio implementada no Rio de Janeiro também estiveram na manifestação dando seu irrestrito apoio a mãe de Andrew, Deise de Silva de Carvalho.

Deise de Carvalho, mãe de Andreu, tem sido um exemplo de luta por justiça e denúncia dos crimes do velho Estado

Matéria publicada em AND n° 40, fevereiro de 2008

sábado, 15 de janeiro de 2011

Ato pela moradia e contra as remoções no Rio de Janeiro

   Representantes de diversas organizações e moradores de ocupações de sem-teto do Centro e comunidades ameaçadas de remoção no Rio de Janeiro, se reuniram em Ato nesta sexta-feira, 14/1, em frente a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, na Central do Brasil. O Comitê de apoio ao AND esteve presente na manifestação.

 Companheiros organizados pela Frente Internacionalista dos Sem-Teto (FIST)



Leia o manifesto distribuído durante o Ato para os trabalhadores que circulavam pela Central do Brasil.


MANIFESTO CONTRA A DITADURA AOS POBRES NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO


   A prefeitura do Rio decretou o fim das garantias e direitos constitucionais e da Lei Orgânica da Cidade, no que diz respeito aos moradores de comunidades que terão que ser desapropriadas para construções de vias (Transoeste, Transcarioca...) ou estão em área de risco em razão da Copa do Mundo e das Olimpíadas.

   Desde as chuvas de abril o verbo é remoção, no artigo 429 da lei orgânica determina que as pessoas devem ser reassentadas na mesma localidade, que deve haver entendimentos democráticos com as comunidades. Mas o autoritarismo Impera ou aceitam pagar uma nova casa do projeto Minha Casa Minha Dívida em Cosmos ou passam o trator com tudo dentro, sem direito a decisão judicial. Não há apresentação, nem discussão dos projetos com as casas que precisam ser desapropriadas e negociação das soluções com as comunidades.

   Há pressões no Poder Judiciário, para que não se conceda liminares a favor do povo, não reconhecendo o trabalho do Núcleo de Terras da Defensoria Pública, única instituição estatal que tenta preservar direitos das pessoas humildes. As Delegacias de Polícia negam-se à registrar as violências cometidas por funcionários da prefeitura e da Guarda Municipal.

   A prefeitura quer humilhar, ainda mais, aterrorizar as pessoas que nunca tiveram programas de moradia, que tiveram que construir suas casas com sacrifício e agora não tem direito, tem que aceitar o valor irrisório (oferecem R$2.000,00; R$ 6.000,00 por moradia) que eles decidem ou derrubam as casas sem direito a nada. A Constituição diz: indenização “Justa” e “Prévia”, mas, para os pobres o trator também remove estas palavras.

   Vários comércios estão sendo destruídos sem direito a indenização, são o meio de sustento de famílias, que agora estão sem renda e sem moradia.

   As empreiteiras que financiam as campanhas políticas, ganham todas as facilidades como a isenção de impostos, financiamentos dos bancos públicos. Elas entram com seus tratores para demolir os sonhos da segurança na moradia, mas os lucros e os luxos estão garantidos.

   Só a união e a organização das pessoas que sofrem estas perseguições (camelôs, empregadas domésticas, trocadores, motoristas e todos moradores de comunidades) podem barrar esta ditadura. Somos a maioria e a cidade não é nossa, estamos sendo expulsos das nossas casas para favorecer a quem tem dinheiro. É a cidade maravilha para os ricos e os guetos afastados para os pobres. Vamos lutar juntos, pois a próxima comunidade e a próxima moradia poder ser a sua.

   Não podemos aceitar esta política fascista. A cidade é para todos e a maioria vive com esforço e com poucos recursos, não podemos aceitar que a Constituição e as leis não tenham valor para a maioria dos cidadãos.

   - Queremos moradia no Centro para famílias com renda de zero a três salários mínimos.

   - Queremos entendimentos honestos e democráticos propiciando condições de morar no mesmo bairro ou indenizações prévias e justas.

   - Indenização aos comércios.

   - Mais e melhores opções de indenização.

   - Reconhecimento do Conselho Popular como entidade mediadora destes conflitos.

   - Manutenção e melhoria das ocupações dos sem-teto.

   - Nossos direitos já.

 Assinam o manifesto: Conselho Popular, Pastoral de Favelas, MUCA, Pela Moradia, FIST, associações de moradores das comunidades atingidas.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Luta pela moradia em Nova Sepetiba

   O Comitê de apoio ao AND, junto com a equipe de reportagem do jornal, esteve presente, no dia 10/1,  no conjunto habitacional Nova Sepetiba, zona Oeste da cidade, onde, no último domingo, cerca de 700 famílias haviam ocupado um terreno baldio na beira da Estrada de Sepetiba. 
   Segundo os moradores, após a ocupação, durante a noite, PMs teriam passado de carro em frente a um forró que acontecia na favela e disparado tiros de munição real para o alto. As famílias continuam na luta por moradia e, na primeira noite após o violento despejo, várias famílias tiveram de dormir às margens do terreno de onde foram expulsas.

Leia nota publicada no blog da redação do A Nova Democracia:



Barracos incendiados pela PM
FOTOS: Patrick Granja/A Nova Democracia

sábado, 8 de janeiro de 2011

1° brigada do ano!

Ontem foi realizada a primeira brigada de divulgação e venda do A Nova Democracia em janeiro. A atividade aconteceu nesta sexta-feira, 7/1, na entrada da Central do Brasil, e contou com a participação de estudantes da UERJ, leitores e apoiadores do jornal.





quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Prefeitura do Rio volta a atacar na zona Oeste

Mais dois vídeos produzidos pelo repórter do AND, Patrick Granja, sobre as remoções arbitrárias das favelas da Restinga e Vila Harmonia, localizadas no Recreio dos Bandeirantes, na zona Oeste da cidade.



terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Em dezembro, a imprensa popular nas ruas!

Durante todo o mês de dezembro, o Comitê de apoio ao AND do Rio de Janeiro realizou diversas brigadas de venda do jornal em pontos de grande circulação de trabalhadores na capital e em Niterói. Nas 4 atividades de divulgação realizadas na Central do Brasil, mais de 100 exemplares de AND foram vendidos. Em outra brigada realizada por estudantes apoiadores do jornal no terminal rodoviário de Niterói, próximo às barcas, mais 40 exemplares.

Em voz alta, nas agitações durante as brigadas realizadas nesse último mês, os militantes da imprensa popular levaram às massas trabalhadoras as manchetes das últimas edições do jornal que tratam do aumento da criminalização da pobreza e do aumento da repressão policial nas favelas do Rio.

O retorno dessas brigadas de venda do A Nova Democracia em praças públicas, ainda mais em locais de tradição de agitação política na cidade, como a Central do Brasil, representa a retomada de uma iniciativa histórica da imprensa popular de levar seu jornal diretamente, no corpo a corpo, às massas de operários, estudantes, camelôs e trabalhadores em geral.

Agora em janeiro, as brigadas continuarão a todo vapor com a edição nova (nº73). A próxima será realizada nesta quarta-feira, às 16h, na entrada da Central do Brasil (adiada p/ sexta-feira, às 17h).




Regime de exceção nas favelas do Rio

  A equipe de reportagem de AND esteve, entre os dias 30/11 e 4/12, no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro para registrar uma série de denúncias de abusos cometidos pelas tropas do Estado.
   Em matéria exclusiva para o jornal A Nova Democracia, o repórter Patrick Granja faz um relato sobre o que realmente está acontecendo nessas favelas, que os monopólios dos meios de comunicação, coniventes com o fascismo, não mostram. Vilações de direitos humanos, agressões aos moradores, invasões e saques de residências pela polícia, etc, hoje fazem parte da rotina da população pobre do Alemão e Vila Cruzeiro.

Matéria de capa:

Vídeos produzidos pelo jornal A Nova Democracia: