quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Um pouco sobre a história de AND‏

Recebemos da redação do AND um breve relato sobre a história do jornal.



  • O jornal A Nova Democracia foi fundado em 2002 por uma cooperativa composta por pessoas empenhadas na luta por uma imprensa popular e democrática.

  • A Coedita, cooperativa que produzia o jornal era composta por pessoas de variados setores: professores, antigos militantes da luta popular, estudiosos da cultura popular, economistas, entre outros.

  • A primeira edição de A Nova Democracia foi às bancas em julho de 2002 e tinha como manchete Luta no campo sacode o Brasil

  • O jornal dedica o espaço de suas páginas às seguintes bandeiras: uma nova cultura, uma nova economia e uma nova democracia. O próprio nome do jornal diz respeito ao programa democrático de uma nova sociedade, pela qual lutam os que o compõem: uma república de nova democracia, livre do latifúndio, do imperialismo e da grande burguesia. 

  • O jornal A Nova Democracia não é órgão de nenhum partido político, mas como afirmam seus membros, isso não quer dizer que ele não tome partido na luta de classes. O jornal é o porta voz da luta das classes laboriosas do campo e da cidade, dos operários, intelectuais honestos, estudantes, camponeses, mulheres lutadoras de nosso povo, das nações indígenas.

  • Em seus primeiros anos, com grande dificuldade, o jornal tinha uma periodicidade irregular. Era publicado geralmente de 2 em 2 meses, e até mesmo com espaços de 3 meses entre edições. Mas nos últimos três anos conseguimos regularizar a tiragem mensal do jornal.

  • Hoje, o jornal não é mais produzido pela Coedita, mas pela Editora Aimberê de Jornais, Livros e Revistas, que apesar de ser uma empresa, mantém o mesmo sistema de direção coletiva e, além de publicar o jornal, também edita livros, revistas, produz páginas na internet, entre outras atividades.

  • Todos os meses são impressos 12 mil jornais que são distribuídos para várias regiões do país. 

  • Nas páginas de A Nova Democracia, o leitor encontra notícias relacionadas à situação política nacional e internacional, análises econômicas e políticas, notícias das lutas populares no Brasil e no mundo, entrevistas e artigos com artistas populares, entre outras. O jornal esforça-se não só por noticiar, mas também analisar as situações e estimular o debate com os leitores.

  • Ao longo dos anos, também constituíram-se círculos de leitores e apoiadores do jornal em diversas regiões do país. São os comitês de apoio ao jornal, que reúnem-se periodicamente e são compostos por pessoas que, voluntariamente, fazem o trabalho de divulgação do jornal entre os trabalhadores, distribuem os jornais em algumas bancas nas cidades, fazem a venda direta do jornal, e realizam atividades de propaganda como as brigadas de divulgação e os sábados culturais.

  • As brigadas de divulgação do jornal são uma importante conquista de A Nova Democracia. Durante as brigadas, os apoiadores do jornal vendem ou distribuem edições anteriores do jornal gratuitamente para as pessoas. Geralmente essas brigadas são em locais de grande concentração de trabalhadores, como em portas de fábricas ou estações de trem, metrô ou rodoviárias. Os apoiadores noticiam em voz alta as principais matérias e assuntos relacionados com o jornal chamando a atenção das pessoas para que comprem e leiam A Nova Democracia. Através dessas brigadas, muitas pessoas já se aproximaram do jornal e passaram a conhecê-lo e apoiá-lo.

  • Os sábados culturais são uma novidade instituída recentemente por alguns comitês. Os comitês espalham convites nos locais de trabalho, em escolas e universidades convocando os interessados para assistirem um filme, uma apresentação cultural ou outra atividade do gênero preparada pelo comitê e após essa atividade fazem um debate sobre o conteúdo das peças exibidas e fazem propaganda do jornal. Esses sábados culturais tem sido muito bem recebidos pelos convidados e vão se multiplicando entre os outros comitês do jornal.

  • Diferente do monopólio das comunicações, A Nova Democracia não anuncia em suas páginas nenhuma grande empresa capitalista, nenhum monopólio seja ele nacional ou estrangeiro, nada vindo do latifúndio ou do imperialismo e da grande burguesia.

  • A nova democracia é sustentado principalmente pelas assinaturas de apoio, que são uma modalidade de assinatura em que o leitor deposita R$ 100 ou R$ 200 reais ao ano e recebe o jornal em sua casa. Ele paga um valor além do preço de capa do jornal consciente de que está, desse modo, contribuindo para que o jornal se mantenha independente, como sempre foi. 

  • Os comitês do jornal também promovem, periodicamente, campanhas de apoio, dirigindo-se aos leitores e apoiadores do jornal para que colaborem. Essas campanhas tem um importante papel e tem auxiliado bastante para que o jornal melhore sua estrutura e adquira novos computadores e outros equipamentos. Houve o caso de um apoiador que depositou R$ 1400 reais para o jornal. Outro apoiador doou um computador e uma filmadora para o jornal. O comitê de apoio de Macaé, no Norte Fluminense, colabora com o jornal desde a sua fundação. Através dele conquistamos nossa primeira máquina fotográfica e também recebemos depósitos regulares oriundos da permanente campanha de arrecadação promovida pelos membros do comitê.

  • Com todo esse trabalho, temos conseguido avançar e fazer um material de qualidade, sem abrir mão de nossos princípios. Nosso desafio é fazer, com os poucos recursos que temos em mãos, um jornal que fale sobre e sirva à luta dos povos, e que junto com ela crescerá, como legítimo órgão da imprensa democrática e popular.

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